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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Avalie o seu risco para Câncer Intestinal


Avalie seu Risco


Responda ao TESTE e descubra qual a melhor forma de se prevenir:

Saiba como evitar o câncer colorretal

O Câncer Colorretal ( CCR), também conhecido como de Câncer de Intestino, corresponde a aproximadamente 15% de todos os casos de câncer.  Trata-se de uma doença 100% evitável, mas que faz cada vez mais vítimas no Brasil. Ele atinge a parte final do intestino, que abrange o intestino grosso (também chamado de cólon) e o reto. É importante ressaltar que quando diagnosticado em estágios iniciais, este câncer tem mais de 80% de cura. 
Quase sempre, o CCR surge como um pólipo (lesão frequentemente benigna) que cresce na parede do intestino e que pode tornar-se um câncer caso não seja diagnosticado e retirado a tempo. Quando se faz uma colonoscopia preventiva e se encontra o pólipo, basta retirá-lo para  se prevenir o câncer. 


Assim, tratar os pólipos no início e adquirir hábitos preventivos aumenta as chances de cura, que são altas no caso câncer colorretal.

A maior utilização do exame de sangue oculto nas fezes e da colonoscopia diminuiu a taxa de mortalidade nos últimos anos. Outra estratégia importante de prevenção é adquirir hábitos saudáveis. A alimentação com alto teor de gordura e poucas fibras favorece o aparecimento da doença, bem como a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo.
Existem ainda fatores não controláveis, mas que exigem atenção para que o acompanhamento médico seja ainda mais cuidadoso. Ter mais que 50 anos de idade, ter colite ulcerativa ou Doença de Crohn, pólipos não detectados e tratados, câncer de mama, ovário ou útero, além de histórico familiar dessas doenças são um sinal de alerta para o câncer colorretal.
Apesar de todos esses fatores, a doença pode fazer vítimas que não se incluem entre eles. Com uma boa detecção, através de exame físico, de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou retossigmoidoscopia, a doença tem grandes chances de ser curada.

O que é rastreamento?

A maioria dos pólipos cresce lentamente, mantendo-se benignos por longos períodos de tempo antes de se transformarem em câncer. Estima-se que esse período de transformação da sequência adenoma-carcinoma seja de 10 anos. Neste período, menos de 10% dos pacientes apresentam algum tipo de sintoma, fazendo assim com que a grande maioria seja diagnosticada em fase avançada da doença. Em função de sua alta prevalência, sua fase assintomática longa e a presença de lesões pré-cancerosas tratáveis, o CCR é ideal para o programa de rastreamento.

O rastreamento do Câncer Colorretal tem como objetivo detectar não somente o câncer logo no início mas também prevenir que este ocorra através da detecção e remoção dos pólipos. Chamamos de Rastreamento a realização de um exame na população assintomática para detectar o câncer nas fases iniciais. Na população sintomática (com sangue nas fezes, dor abdominal, alteração de hábito intestinal, anemia crônica entre outros sintomas), a chance de câncer é bem maior sendo indicada a realização da colonoscopia como método diagnóstico. Caso apresente sintomas, consulte seu médico.

Fonte: ABRAPRECI - A ABRAPRECI é uma associação que promove e dissemina educação, eventos e campanhas com o intuito de esclarecer a população sobre os fatores de risco, prevenção, detecção e tratamento do câncer de intestino, apoiada por várias entidades médicas.


Saiba mais! Acesse:

Câncer Colorretal : prevenção é nossa meta!
Rastreamento de Câncer Intestinal em pessoas assintomáticas
COLONOSCOPIA - Exame importante e seguro

sábado, 5 de janeiro de 2013

COLOPROCTOLOGISTA: O que faz este especialista?


O que é coloproctologia?

A Coloproctologia é uma especialidade médica que estuda e trata as
doenças do intestino grosso (cólon), do reto e do ânus.
Etimologicamente temos: colo (intestino grosso), procto (reto, canal anal e ânus) e logia (ciência, estudo).
Anteriormente conhecida apenas como proctologia, a especialidade médica que nos poderia parecer recente, tem na realidade uma história documentada de mais de 5.000 anos, incluindo uma série de técnicas operatórias e vários instrumentos cirúrgicos.
Como observa-se, há uma série de distúrbios que frequentemente afetam estes órgãos, doenças benignas e malignas, que são tratadas por meio de terapia medicamentosa ou cirúrgica.
Em relação ao cólon e ao reto, são doenças comumente tratadas pelo coloproctologista: câncer de intestino grosso e reto (câncer colorretal), as doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa, doença de Crohn, colites), infecções (parasitárias, bacterianas e virais), distúrbios funcionais (síndrome do intestino irritável), constipação intestinal, diarréias crônicas, entre outras.
O canal anal e o ânus são acometidos por doenças extremamente frequentes. As mais comuns são: hemorróidas, fissuras e abscessos anais, fístulas anorretais, incontinência anal, doenças venéreas ( HPV-condilomas e sífilis), prurido anal e doenças dermatológicas perianais. O câncer de canal anal felizmente, diferente do câncer colorretal, tem baixa incidência.
A formação do coloproctologista é cirúrgica, ou seja, somente após a sua formação em cirurgia geral, o médico está habilitado a continuar sua especialização na área de coloproctologia.
Fato que acontece amiúde e que eu acho relevante destacar, é a dúvida que muitas pessoas têm a cerca da área de atuação das especialidades de Coloproctologia e Urologia. É importante enfatizar que a Coloproctologia ou Proctologia NÃO CUIDA DOS PROBLEMAS DA PRÓSTATA. Embora haja alguma confusão quanto aos termos, cabe ao médico Urologista dedicar-se ao estudo dos problemas da próstata e seu tratamento.
Creio que a dúvida seja frequente pois as duas especialidades utilizam o exame de TOQUE RETAL para a investigação diagnóstica. Entretanto, o toque retal não é um exame aplicado exclusivamente para examinar a próstata. Este exame clínico também ajuda o Coloproctologista na avaliação das condições do reto e do ânus, bem como é um exame igualmente importante ao médico Urologista, sendo útil no diagnóstico do câncer de próstata entre outros problemas desta glândula.
Portanto, o toque retal é um importante exame para a avaliação tanto de problemas proctológicos quanto urológicos.   

QUANDO DEVO PROCURAR UM COLOPROCTOLOGISTA?

Os principais sintomas que sugerem doenças do cólon, reto e ânus,  são:
  • sangue nas fezes;
  • muco (catarro) nas fezes;
  • constipação intestinal (intestino preso);
  • diarréia crônica, por mais de 3 semanas;
  • urgência para evacuar;
  • dor ao evacuar;
  • incontinência fecal (perda involuntária de fezes);
  • dor abdominal recorrente;
  • distensão abdominal e gases em excesso;
  • nódulo ou verruga anal;
  • saída de secreção anal.


Se você apresenta algum desses sintomas ou possui uma história familiar de câncer colorretal, procure sempre um médico coloproctologista. 


 

Sintomas Noturnos do Refluxo Gastroesofágico


A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma afecção crônica decorrente do refluxo de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele.
É uma doença com alta prevalência em todo o mundo e caracteriza-se, do ponto de vista clínico, pela presença de pirose (azia, queimação retroesternal) e regurgitação. Vale lembrar que pacientes com DRGE podem apresentar, além dos sintomas típicos, outros sintomas adicionais ou mesmo isolados associados ao refluxo, como dor torácica não cardíaca, disfagia (dificuldade de deglutição), rouquidão, pigarros faríngeos, tosse crônica, apnéia do sono, entre outros. Aproximadamente 78% dos pacientes com rouquidão e 80% dos pacientes com asma têm sintomas que podem estar associados à DRGE.



O Refluxo gastroesofágico noturno está associado às formas mais graves da DRGE, como as esofagites (inflamação da mucosa esofágica), estenose (estreitamento do esôfago devido à inflamação recorrente pelo ácido), esôfago de Barrett e adenocarcinoma esofágico.
A pirose durante o sono e distúrbios do sono são manifestações comuns da DRGE noturna e apresentam um importante impacto na qualidade de vida dos pacientes.

Estudo realizado por Kindt e cols. (2011) avaliou a prevalência da pirose e sua associação com distúrbios do sono, demonstrando que 84% dos 9.322 pacientes atendidos referiam distúrbios do sono devido ao refluxo ácido noturno. Eis os resultados:

  • 47% Refluxo ao acordar pela manhã
  • 45% Acordam durante a noite com sintomas
  • 39% Dificuldade para dormir
  • 35% Cansaço matinal
  • 30%, 35% e 12%  pirose noturna leve, moderada e intensa, respectivamente. 
Além da pirose, os pacientes podem referir refluxo de comida para a boca e, por vezes, engasgo noturno (despertam assustados à noite com repentino engasgo causado pela presença de conteúdo gástrico à boca).

Este quadro frequentemente vem acompanhado de uma sensação de sufocamento e falta de ar, fazendo os pacientes dormirem com vários travesseiros ou quase sentados na tentativa de aliviar o desconforto noturno.

Há uma complexa relação entre a DRGE e o sono: transtornos do sono podem induzir distúrbios gastrointestinais, enquanto que sintomas gastrointestinais também podem provocar ou piorar alterações do sono. 
Os mecanismos de clareamento esofágico (a deglutição, a salivação e os movimentos peristálticos do esôfago) pioram durante o sono, resultando em um prolongamento de tempo de contato do ácido com a mucosa esofágica. Desta forma, o refluxo noturno pode ocasionar distúrbios do sono e por outro lado, estes  distúrbios podem agravar a DRGE pelo contato prolongado do ácido e pelo aumento da percepção sensorial. Este fato pode facilitar a ocorrência de complicações da DRGE e diminuir a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. 

Alguns fatores estão relacionados com maior risco de sintomas noturnos e distúrbios do sono em pacientes com DRGE:
  • TABAGISMO
  • ÁLCOOL
  • ESOFAGITE GRAVE
  • JOVENS
  • OBESIDADE
  • DRGE HÁ MAIS DE 5 ANOS
  • PIROSE E REGURGITAÇÃO DIÁRIA
O tratamento da DRGE visa controlar os sintomas, cicatrizar as lesões e prevenir recidivas/complicações. A grande maioria dos pacientes se beneficia com o tratamento clínico, que deve abranger medidas comportamentais e farmacológicas simultaneamente.

As medidas comportamentais previnem situações e alimentos que promovam ou facilitem o refluxo.
Pacientes com distúrbios do sono decorrente de pirose noturna se beneficiam com as seguintes medidas:
  1. Elevar a cabeceira da cama cerca de 10 a 15 cm
  2. Evitar refeições copiosas à noite
  3. Não se deitar após as refeições, aguardando um período mínimo de 2 horas

Importante: Nunca pratique a automedicação. Casos graves de DRGE são frequentemente mascarados pelo uso a longo prazo de medicações inadequadas, levando a complicações importantes como úlceras, estenose e até mesmo adenocarcinoma esofágico. Procure sempre um médico especialista.