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domingo, 20 de junho de 2010

São Paulo recebe o primeiro hospital público do país especializado em transplantes.


O estado de São Paulo, a partir do dia 15 de junho, passou a contar com o primeiro hospital público do país especializado em transplantes de órgãos e tecidos. O antigo Hospital Brigadeiro – agora rebatizado como Hospital Dr. Euryclides de Jesus Zerbini - possui capacidade para realização de até 636 cirurgias anuais e dispõe de um corpo clínico  que realizará transplantes de córnea, rim, pâncreas, fígado e medula óssea.

Além destes procedimentos, o hospital  também atenderá casos de alta complexidade em áreas como hematologia, oftalmologia, urologia e neurocirurgia. A reforma do antigo hospital durou quase dois anos e exigiu cerca de R$ 37 milhões de investimentos em obras e equipamentos.

Embora afirme não ser possível precisar o tempo em que os pacientes à espera de um órgão compatível serão atendidos, o superintendente do hospital, o médico Nacime Salomão Mansur, garante que as novas instalações terão um “impacto brutal para a população”.

“Queremos ser em breve o principal transplantador de fígado, córnea, medula óssea e pâncreas e, em curto espaço de tempo, esperamos fazer praticamente a metade do número de transplantes renais que o Hospital do Rim faz hoje. Agora, a queda no tempo de espera vai depender dos doadores e do aumento da captação de órgãos”, disse Mansur durante a inauguração do hospital.

O superintendente afirmou que o hospital continuará atendendo a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de outros estados (hoje, um em cada cinco tranplantados nos hospitais paulistas é morador de outros estados) e que a triagem e o encaminhamento dos pacientes continuará sendo feito pelos ambulatórios especializados. Constatada a necessidade de transplante, o paciente é inscrito em uma lista de espera, cujo tempo de atendimento depende do órgão necessário e do estágio da doença.

Segundo Mansur, em São Paulo já não há mais fila para o transplante de córneas e a pior situação seria a dos que necessitam de um novo fígado. “É um procedimento muito complexo e há poucas equipes especializadas, além de haver poucos doadores”.

Hospital Dr. Euryclides de Jesus Zerbini
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 2651 - Jardim Paulista
São Paulo/SP -Tel : (11) 3170-6100


Dr. Zerbini e Equipe realizando o primeiro transplante cardíaco do Brasil - 1968.
" Operar é divertido, é uma arte, é ciência e faz bem aos outros " - Euryclides de Jesus Zerbini

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Intolerância à Lactose

A Intolerância à Lactose caracteriza-se pela incapacidade do indivíduo em digerir a lactose ( açúcar do leite ) devido a deficiência ou ausência da enzima intestinal chamada lactase.
A Lactose é um dissacarídeo ( glicose+galactose) presente no leite humano (7,2g/100 ml), leite de vaca (4-5g/100 ml) e derivados. Ela é hidrolisada no intestino delgado ( jejuno) sob a ação da lactase, em glicose e lactose, que por sua vez serão absorvidas pelas células intestinais a fim de gerar energia.

Devido a essa deficiência, a lactose não digerida continua dentro do intestino e chega ao intestino grosso, onde é fermentada por bactérias, produzindo ácido láctico e gases (gás carbônico e o hidrogênio). A presença de lactose e destes compostos nas fezes no intestino grosso aumenta a pressão osmótica (retenção de água no intestino), causando diarréia ácida e gasosa, flatulência excessiva (excesso de gases), cólicas e aumento do volume abdominal.

Quais as causas de deficiência da enzima LACTASE ?

  • CONGÊNITA - situação extremamente rara, quando a criança já nasce sem a presença de lactase na mucosa intestinal
  • PRIMÁRIA - " Não persistência da Lactase " ao longo da vida do indíviduo, evoluindo com decréscimos ou ausência da enzima após o período de lactação.
  • SECUNDÁRIA -  Diminuição enzimática secundária a doenças ou cirurgias intestinais ( doenças inflamatórias intestinais - Retocolite e Doença de Crohn, infecções intestinais, cirurgias de ressecção intestinal )
O ápice de atividade da enzima lactase ocorre ao nascimento, preparando-nos desta maneira, para a amamentação. Após o desmame, há uma diminuição progressiva e variável da lactase, situação esta considerada NORMAL e que ocorre em até 70% das pessoas ( "  Não persistência à Lactase " ).
Apenas alguns grupos populacionais desenvolveram  " persistência da Lactase " (30%), devido à mutações genéticas.
Assim, os indivíduos apresentam uma queda NORMAL da lactase na mucosa intestinal, podendo desenvolver ou não sintomas, dependendo da quantidade de lactose ingerida.
Há adultos em que algum momento da vida, ao ingerir uma quantidade maior de lactose diante à sua deficiência ou ausência de lactase, apresentarão sintomas de Intolerância à Lactose.

Quais são os sintomas ?
  • Dor abdominal
  • Distensão
  • Flatulência
  • Diarréia
  • Borborigmos ( sons abdominais )
  • Náuseas e vômitos
  • Constipação ( 20% dos casos ) 
  • Cefaléia e tontura
  • Cansaço crônico
  • Dores musculares
  • Dor e edema articular
  • Problemas de concentração e memória, entre outros 
Quais são os Fatores de Risco ?

1) Genética de " Não persistência da Lactase ": alguns grupos étnicos têm maior tendência - sul americanos, japoneses, chineses, judeus
2) Idade: com o passar do tempo a lactase vai diminuindo na mucosa intestinal, assim como a tolerância ao consumo de produtos que contenham lactose.
3) Fatores nutricionais, culturais e históricos: por exemplo, no norte da Europa ( Escandinávia ) pelo frio intenso a população desenvolveu a pecuária e passou a ter um consumo elevado de leite e derivados. devido a este consumo elevado, os indivíduos daquela região desenvolveram mutações e hoje possuem uma persistência da enzima lactase.
4) Quantidade de Lactose ingerida: demanda variável ao longo da vida. Indivíduos que em algum momento da vida passam a ingerir uma quantidade mais elevada de lactose ( ex: pessoas com osteoporose ) podem vir a desenvolver a intolerância ao leite e seus derivados devido à produção insuficiente de lactase.

Como é diagnosticada a intolerância à Lactose?

  •  Teste de intolerância à lactose ( TTL ): mede a capacidade que o indivíduo tem de digerir a lactose. O paciente recebe uma dose de lactose em jejum e, depois de algumas horas, são colhidas amostras de sangue que indicam os níveis de glicose.
  • Teste Respiratório de Hidrogênio: boa sensibilidade na avaliação da digestão da lactose. O paciente ingere uma bebida com alta quantidade de lactose e o médico analisa o hálito da pessoa em intervalos que variam de 15 a 30 minutos por meio da expiração. Se o nível de hidrogênio aumentar significa um processamento incorreto da lactose no organismo.
  • Teste de PH das fezes: o exame de fezes é realizado normalmente. A lactose não  bem digerida produz ácidos que podem ser detectados nas fezes

  • Genótipo da lactase: teste genético para se saber da persistência ou não da enzima lactase
  
TRATAMENTO E PREVENÇÃO

É necessário retirar TODO o leite e derivados da dieta?

NÃO. A grande maioria dos indivíduos portadores de intolerância à lactose ainda toleram uma certa quantidade de lactose na dieta (10-12g). Desta forma é importante reconhecermos a concentração de lactose nos diversos tipos de leite e derivados:

Leite em pó -----------------52,9 g ( diluido < 5,0g ) /100 ml
Leite condensado --------------------------------12,3 g/100 ml
Leite humano -------------------------------------7,2 g/100  ml
Leite de ovelha -----------------------------------5,1 g/100 ml
Leite desnatado ----------------------------------4,8 g /100 ml
Leite semi-desnatado-----------------------------4,7 g/100 ml
Leite integral -------------------------------------4,6 g/100 ml
Leite de cabra------------------------------------4,4 g/100 ml
Sorvete de creme---------------------------------5,2 g/100 ml
Queijos --------------------------------- Traços -5,0 g/100ml
Iogurte --------------------------------------- 0-4,7 g/100 ml
Mousse ---------------------------------------3,8 g/100 ml

O tratamento da intolerância à lactose requer a redução do consumo de alimentos que contenham o açúcar, para o alívio dos sintomas. Estudos mostraram que o consumo de iogurtes e outros produtos fermentados (como leites fermentados) são bem tolerados, assim como alguns queijos (os que, em seu processo de fabricação, são envelhecidos, como o cheddar, o suíço e o gorgonzola). Mas o consumo dos chamados queijos macios deve ser feito com cuidado, pois a lactose é usada no processo de cremificação de alguns deles.
Portanto, deve-se limitar a ingestão de lactose ao limite de tolerância do paciente. Algumas pessoas podem suportar de 120 a 240 ml por dia, se ingerirem alimentos com lactose durante as refeições. Esta combinação favorece a chegada gradual da lactose ao jejuno (porção média do intestino delgado) para ser digerida.


Há pessoas, porém, cujo nível de intolerância é tal que precisam de uma dieta sem nada de lactose. Por isso, é preciso examinar cuidadosamente os rótulos de pães, bolos, biscoitos, margarinas e outros alimentos industrializados antes de consumi-los. É fundamental verificar se em sua composição de nutrientes existe leite ou produtos lácteos. Se houver, a pessoa deve abster-se destes alimentos.

É preciso a mesma atenção com as carnes industrializadas, pois elas podem conter leite em pó como agente ligante. ( Ex: salsichas, presunto, etc)
Também é preciso cautela com remédios utilizados. A indústria farmacêutica utiliza com freqüência a lactose na composição de medicamentos.

Porém, ao reduzir com rigor o consumo de produtos lácteos corre-se o risco de provocar uma deficiência de cálcio.  Em função disto, a melhor opção é utilizar produtos com menor teor de lactose. Hoje, existem no mercado leites com teores reduzidos deste açúcar sem prejuízo ao sabor ou ao valor nutritivo. São os chamados "leites com 90% menos lactose" e encontrados em supermercados. Ex: o LEVÍSSIMO, da CCPL, o ZYMIL da Parmalat, o SENSY da Batavo, entre outros. Atualmente temos também  LEITES ZERO LACTOSE no mercado brasileiro, das marca PIRACANJUBA, NINHO , MOLICO , ITALAC, BATAVO, entre outros. Muitos pacientes os utilizam sem qualquer efeito adverso.
Há também uma ampla variedade de laticínios SEM LACTOSE, como iogurtes, queijos, requeijão, entre outros.

Para quem não quer abrir mão dos alimentos com lactose, uma opção é utilizar os suplementos da enzima lactase, disponíveis no mercado internacional em comprimidos ou tabletes mastigáveis (LACTAID). O produto deve ser ingerido junto com os laticínios. Seu efeito é quebrar e desdobrar a lactose permitindo que o leite seja absorvido sem os efeitos descritos anteriormente.

A Apsen recentemente trouxe ao Brasil a enzima lactase ( LACTOSIL ) na forma prática de sachês com 4.000 FCC ALU* para crianças, e 10.000 FCC ALU para adultos. O suplemento pode ser utilizado polvilhando-se de 1 a 2 sachês sobre os alimentos lácteos ou na sua preparação, sem alterar contudo o seu sabor ou cheiro.

Outra forma de apresentação da enzima lactase recém chegada ao mercado brasileiro é a de comprimido dispersível, comercializada pelos Laboratórios:


  • LACTOSIL de 10.000 FCC comprimidos - APSEN
  • LACTANON de 10.000 FCC comprimidos - NOVA QUÍMICA
  • LACDAY  de 10.000 FCC comprimidos - EMS
  • PERLATTE de 10.000 FCC comprimidos - EUROFARMA

Quais são os alimentos que contêm lactose?




São vários os alimentos que utilizam o leite na sua fabricação. As pessoas que tem intolerância à lactose devem sempre ler o rótulo do alimento, para saber se existe algum derivado do leite como o coalho, o soro do leite, ou o próprio leite.
Os alimentos que geralmente contêm leite são: pão e outros produtos de forno; cereais processados; purê de batatas, sopas, margarina; carnes ao molho, molhos de salada; doces, misturas para panquecas, biscoitos, e bolachas etc.
É importante ler a etiqueta dos alimentos com cuidado, procurando não só o leite ou a lactose, mas também o soro do leite, o coalho, produtos derivados do leite e leite em pó magro. Qualquer produto que contenha essas substâncias deve ser evitado pelas pessoas que tem intolerância a lactose.

Existem outros alimentos além do leite que fornecem o mineral CÁLCIO ?.


Vegetais de cor verde escura como o brócolis, a couve, o agrião, a mostarda, o repolho, o nabo, o gergelim, peixes que tenham ossos moles como o salmão e a sardinha, mariscos e camarão.

 







É importante ressaltar que nem sempre os sintomas da intolerância à lactose têm a ver com a ingestão de lactose. Esses mesmos sintomas podem ser causados por outros componentes dos alimentos lácteos, como gordura, açúcares ou fibras. Portanto, é necessário conhecer detalhadamente os hábitos alimentares de cada paciente para se estabelecer uma correlação exata dos alimentos com os sintomas. Assim, os especialistas pesquisam as intolerâncias considerando as características individuais,  formulando a proposta adequada a cada um. Desta forma estaremos contribuindo para a melhora nutricional do paciente e para que o tratamento seja bem-sucedido.

Saiba mais:    Enzima LACTASE agora disponível no Brasil


sábado, 29 de maio de 2010

Caminhada no Ibirapuera pela Saúde Digestiva

Queridos amigos e leitores,


Dia 29 de Maio p.f. comemoramos o Dia Mundial da Saúde Digestiva, e para celebrar esta data com conscientização e bem-estar organizamos uma caminhada no Parque do Ibirapuera no próximo domingo, dia 30 de maio às 9H30. Local de Encontro: Portão 7 - Viveiro Manequinho Lopes

Gostaria de convidá-los para participarem desta iniciativa. Ficaria muito feliz com a presença e energia de vocês!


Vamos caminhar, nos alimentar bem e viver melhor!

Sempre podemos fazer mais pela nossa saúde digestiva!


terça-feira, 25 de maio de 2010

Campanha de Diagnóstico Gratuito da Hepatite C

A Hepatite C é uma doença hepática silenciosa que atinge cerca de 3,5 milhões de brasileiros. Entretanto, boa parte da população não sabe que é portadora do vírus HVC.

Com o objetivo de inserir a prática do diagnóstico precoce da Hepatite C nas comunidades, a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro e o Hospital Santa Marina, realizam durante esta semana a campanha de detecção gratuita do vírus da doença. A Campanha é destinada a todos os cidadãos e o diagnóstico é feito através de um teste rápido sanguíneo.

Dia 24 a 28 de Maio - das 8H00 às 14H00
Santa Casa de Santo Amaro- São Paulo
Rua Isabel Schimidt, 59- Santo Amaro
Tel: (11) 5687-4322

Dia 24 a 29 de Maio - das 8H00 às 14H00
Hospital Santa Marina - São Paulo
Av. Santa Catarina,2785 - Jabaquara
Tel: (11) 5013-1100

Fato relevante é que a Hepatite C é uma doença crônica e seus sinais e sintomas podem demorar até 20 anos para surgirem, podendo evoluir silenciosamente para um quadro de cirrose hepática e até  mesmo câncer hepático. Desta forma, a prevenção e o diagnóstico precoce da doença são as melhores formas de controle da Hepatite C.

A doença até o momento não possui cura. Os medicamentos antivirais não são capazes de curar a doença, mas sim de controlá-la. Por isso, só um médico pode determinar o melhor tratamento para cada caso.
Não há vacina que previna contra a hepatite C. O que se pode fazer é minimizar o risco de contrai-la. Para isso:

  • Nunca compartilhe agulhas ou seringas;
  • Se você trabalha em um hospital, laboratório ou centro de saúde, siga as regras de biossegurança, usando luvas e roupas apropriadas;
  • Se for fazer uma tatuagem ou colocar um piercing, certifique-se de que o local utiliza instrumentos apropriadamente esterilizados. O mesmo cuidado deve ser tomado no caso de acupuntura;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal que possam entrar em contato com o seu sangue como escovas de dente, barbeadores, navalhas, cortadores de unha e alicates.
Previna - C!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Nutrição Adequada e preservação ambiental - Benefícios recíprocos ao alcance de todos

Você já se perguntou se está fazendo a sua parte para reduzir o impacto ambiental? Diminuir o tempo no banho, fechar a torneira enquanto escova os dentes, separar o lixo reciclável, andar mais a pé e de bicicleta, reduzir o consumo em geral, etc... Estas atitudes já se incoporaram na rotina de muitas pessoas, entretanto, ainda possuimos hábitos que afetam de alguma forma o meio ambiente, como por exemplo, as nossas práticas alimentares.
A alimentação é um ato vital ao ser humano, muitas vezes encarado de maneira mecânica diante às atribulações diárias. É importante ressaltar que "comer" é muito diferente de alimentar-se ou nutrir-se. Comer é ingerir qualquer coisa, muitas vezes apressadamente, apenas para satisfazer vontades e saciar a fome; enquanto que nutrir é realmente suprir as necessidade do organismo a fim de manter uma saúde plena e equilibrada.
A industrialização trouxe muitas guloseimas gostosas e práticas que facilitam o dia a dia (salgadinhos, biscoitos recheados e não recheados, wafers, balas chicletes, congelados, enlatados e embutidos), mas muitas delas também comprometem a saúde e não têm as qualidades nutritivas de que necessitamos.
A questão reside não apenas no impacto orgânico, afetando o estômago, o funcionamento intestinal, os rins, a pele e sim no impacito ao ambiente que nos cerca.
Os alimentos industrializados geram uma enorme quantidade de lixo: são toneladas de embalagens jogadas fora segundos depois de abertas, sendo que muitas delas nem podem ser recicladas. E não podemos nos esquecer dos recursos naturais utilizados: matérias-primas, água, energia...
Desta maneira, aumentam as doenças causadas tanto pelo excesso de gorduras, aditivos químicos e não nutrientes presentes neste tipo de alimento como pela falta de nutrientes, aumentando simultaneamente os problemas de saúde na população e a produção de lixo ambiental.

Mudar de hábito é um imenso desafio

Mudanças começam com o conhecimento e a determinação de cada um de nós. Aqui vão algumas dicas:
  • Reduza o consumo de alimentos industrializados. Tente consumir mais vegetais, frutas, cereais, grãos e tubérculos ( coisas da terra!)
  •  Ao consumir industrializados, verifique os ingredientes e a quantidade de aditivos (conservantes, corantes, adoçantes, acidulantes). Fique atento à tabela nutricional nas embalagens dos produtos.
  • Prefira produtos integrais, que têm menos aditivos, menos processamento, menos refinamentos e ajudam a proteger a saúde.
  • Priorize os produtos que  possuam  menos embalagens  e/ou embalagens recicláveis (símbolo do triângulo de setas)
  •  Eleja suas marcas! Existem empresas que realmente se preocupam com o aquecimento global, com questões de sustentabilidade e como minimizar seus efeitos no ambiente. Pesquise, informe-se e diga não a marcas não sustentáveis ambientalmente.
  • Prefira alimentos orgânicos, sem agrotóxicos (verifique o selo de certificação ou procure locais confiáveis, feiras de bairro, pequenos produtores)
  • Prefira produtos nacionais: assim você colabora com o desenvolvimento do nosso país e ainda evita os longos percursos dos produtos importados até chegar à sua casa, racionando assim,  recursos ambientais como o petróleo.
" Pense global e aja localmente. Pense no futuro e aja imediatamente! "

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Divertículos Intestinais e Diverticulite Aguda

Divertículos intestinais são pequenas saculações em fundo cego ( semelhantes a dedos de luva ) que se formam na parede do intestino grosso ao longo da vida de um indivíduo, sendo mais comuns com o avanço da idade.
Estima-se que a incidência de diverticulose ( presença de divertículos no cólon ) seja de 5 a 10% nos indíviduos com mais de 40 anos, de 30% nas pessoas com mais de 50 anos e de 50 a 70% em indíviduos acima dos 70 anos.
Os divertículos atingem igualmente ambos os sexos e têm preferência pelo cólon sigmóide, descendente e ceco.
A maioria das pessoas possuem múltiplos divertículos, os quais ocorrem em vários pontos da parede dos cólons, entre as fibras musculares, geralmente nos locais mais frágeis desta parede. São verdadeiras herniações da mucosa através da musculatura intestinal. Como toda hérnia, são originados pela debilidade da parede do cólon, por aumento da pressão intraintestinal ou por ambos os fatores.
É interessante saber que os divertículos não ocorrem no reto ou no apêndice cecal, locais onde a musculatura demonstra-se mais espessa, resistente e contínua.
De forma geral, a maioria dos pacientes portadores de diverticulose (cerca de 80%) permanecem assintomáticos, durante toda a vida.

Podemos identificar duas formas distintas de diverticulose intestinal:
  • HIPERTÔNICA: ocorre em indivíduos mais jovens, entre 40 e 50 anos, apresentando invariavelmente constipação intestinal. Localizam-se preferencialmente no sigmóide, são pequenos, fusiformes , de colo longo e estreito , gerando uma hipertrofia da musculatura adjacente, traduzida clinicamente como DOR do lado esquerdo do abdomem. A complicação mais frequente é a inflamação de um ou mais divertículos ( DIVERTICULITE ), que pode evoluir para abscessos peridiverticulares (coleções de pus), fístulas ( comunicação anormal do intestino inflamado com outros órgão próximos , como bexiga e vagina ) e perfuração.
  • HIPOTÔNICA: ocorre rotineiramente na maioria da população, em indivíduos acima dos 60 anos. Os divertículos são difusos por todo o cólon, de colo largo e curto. Trata-se de uma alteração natural da parede intestinal, decorrente da degeneração e hipotonicidade que se instalam nos tecidos musculares com o passar do tempo. Do ponto de vista clínico, os pacientes são geralmente assintomáticos, podendo apresentar uma complicação nem sempre de fácil manejo, que é a hemorragia digestiva baixa maciça, por ruptura de vasos localizados na base destes divertículos. Dois terços dos casos de hemorragia ocorrem em divertículos situados no cólon direito.
É importante ressaltar que a ocorrência de divertículos deve-se, em geral, à ingestão de uma dieta com poucos resíduos, pobre em fibras.

Como são diagnosticados os divertículos intestinais?
A maioria dos divertículos assintomáticos são diagnósticados através do exame de colonoscopia ou através do exame de enema opaco ( raio-x contrastado do intestino).

Qual a diferença entre divertículo, diverticulose, doença diverticular e  diverticulite?
Bem, durante muito tempo a presença destas saculações na parede intestinal ( divertículos) era denominada  doença diverticular ou moléstia diverticular; termo este que caiu em desuso ao perceber-se que a maioria de tais divertículos eram assintomáticos durante toda a vida. Atualmente, é consenso denominar a presença dos divertículos no intestino apenas como DIVERTICULOSE, ao passo que esta alteração da parede intestinal per si, não é considerada doença.
À partir do momento que temos a inflamação destes divertículos ( uma complicação), chamamos o quadro de DIVERTICULITE, caracterizando de fato, uma afecção.

Sabendo um pouco mais sobre DIVERTICULITE:

Trata-se da complicação mais frequente dos divertículos do cólon esquerdo. A diverticulite aguda ocorre devido à obstrução destes divertículos por fezes ou por alguns alimentos, o que leva a um grande processo inflamatório na parede intestinal, associado a uma infecção do local. A diverticulite aguda é uma complicação comum na evolução e história natural da doença diverticular, e ocorre em 10 a 25% dos pacientes com divertículos intestinais.
Os pacientes apresentam-se nos consultórios ou unidades de pronto-atendimento com quadro de dor abdominal intensa na região esquerda inferior do abdomem. Esta dor pode estar acompanhada de febre, tensão da parede do abdomem e massa abdominal palpável. Pode apresentar vários graus de gravidade, oscilando desde dores em cólicas à condição de inflamação intensa com necessidade de resolução cirúrgica de urgência.
O tratamento da diverticulite é clínico na maioria dos casos ( antibióticos , antiinflamatórios e dietoterapia), reservando-se  a cirurgia à casos de complicações como fístulas e perfurações ou naqueles pacientes que apresentam crises de diverticulite recorrentes.
Nestes casos, exames subsidiários ( laboratoriais, ultrassom, tomografia computadorizada, entre outros) são necessários para adequada investigação e conduta do caso.

Tenho DIVERTÍCULOS, como devo fazer para me prevenir da DIVERTICULITE?
A primeira coisa a se fazer, é melhorar o hábito intestinal, incrementando a ingestão de fibras e de líquidos na alimentação diária. Desta maneira, as fezes ficarão mais macias e hidratadas, facilitando o seu deslocamento ao longo do intestino grosso, sem impactações fecais dentro dos divertículos.Outro ponto importante é evitar a ingestão de sementes de frutos como melancia, uva, goiaba, entre outros, que podem deslocar-se para o interior dos divertículos, desencadeando um processo inflamatório.
As fibras estão presentes na maioria dos alimentos não-industrializados, como frutas, verduras, legumes, farelo de trigo, linhaça, quinua, aveia e pães integrais.
Vale lembrar:
A ingestão de fibra alimentar recomendada para um adulto é de aproximadamente de 25 a 30g por dia.
A ingestão de líquidos ( água, sucos, chás ) recomendada  é de  no mínimo de 2 litros por dia.

Mais uma vez: alimentação adequada e correta hidratação....podemos sempre fazer mais por nossa saúde digestiva!     

quarta-feira, 5 de maio de 2010

II Encontro de Portadores de Hepatite C

II ENCONTRO DE PORTADORES DE HEPATITE C


16 de maio de 2010 - domingo


Tema: Mesa Redonda sobre Tratamento da Hepatite C

Coordenador: Prof. Dr. Édison Roberto Parise (Presidente da APEF-Associação Paulista para Estudo do Fígado)

Local: Auditório do Hospital Alemão Oswaldo Cruz – 14º andar

Rua João Julião, 331 - Paraíso / São Paulo – SP

Metrô Vergueiro ou Paraíso


INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:

E-MAIL: portadoresdehepatites@gmail.com
Tel (11) 7486-4829

Inscrições: 1 Kg de alimento não-perecível ou produto de limpeza a ser doado para a APAT
APAT - Associação para Pesquisa e Assistência em Transplantes
http://www.apat.org.br/

PROGRAMAÇÃO


08h00 às 09h00– RECEPÇÃO

09h00 às 09h05 – APRESENTAÇÃO APAT

09h05 às 09h25 – COMO MELHORAR OS RESULTADOS DO TRATAMENTO

09h25 às 09h45– IMPORTÂNCIA DOS EXAMES DE CONTROLE NO TRATAMENTO
9h45 às 10h05 – COMO CONVIVER COM OS EFEITOS COLATERAIS DO TRATAMENTO

10h05 às 10h30 COFFEE BREAK

10h30 às 11h30 PERGUNTAS

11h30 às 12h00 – NOVOS TRATAMENTOS PARA HEPATITE C

12h00 – 12h10 – Sorteio de Brindes e Encerramento


REALIZAÇÃO: APEF –GAPHOR
APOIO: APAT – HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ