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domingo, 11 de março de 2012

Síndrome do Intestino Irritável - Evitando a Crise

Você já deve ter percebido que os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII) - diarréia ou constipação, gases e dor abdominal, entre outros - pioram e melhoram de tempos em tempos, e talvez já tenha relacionado a piora a algum alimento presente em sua dieta  ou a períodos de estresse mais intenso.
Saiba que estes dois fatores são muito importantes e que o seu controle pode fazer com que as crises minimizem ou até mesmo desapareçam.

CONTROLANDO A ALIMENTAÇÃO 


Não há regra geral para a sua dieta, mas você terá de observar o seu organismo para saber quais os alimentos podem desencadear uma crise e evitá-los. Lembre-se que esta orientação é muito individual, portanto não necessariamente o que incomoda a uma pessoa, irá incomodá-lo e vice-versa.
É interessante que no início você faça um " Diário Alimentar", anotando durante uma semana o que você comeu e se houve algum tipo de desconforto gastrointestinal. Desta maneira, você pode relacionar o que mais lhe faz mal e evitar o consumo.
Em geral, as pessoas com SII não toleram muito bem as gorduras, os açúcares frutose e sorbitol ( presentes na maçã, pêra, pêssego, bebidas fermentadas , dietéticos), leite e derivados, café bebidas alcoólicas, chocolate, enlatados e grãos. Vegetais  e fibras podem incomodar devido à fermentação excessiva e ao aumento na produção de gases, porém podem ajudar bastante aquelas pessoas com SII que cursam com constipação.
A orientação geral para todas as pessoas com SII é que devem comer pouco e  fracionadamente  ( várias vezes ao dia ), ingerir bastante líquido ( mínimo 2 litros de líquidos ao dia ) longe dos horários das refeições e evitar o consumo de gorduras e frituras.

 CONTROLANDO O ESTRESSE


Infelizmente não há fórmulas mágicas, pois as pessoas são afetadas de formas diferentes, por problemas diferentes, reagindo conforme suas características individuais. Discuta seus problemas com seu médico, ele tem como avaliar a gravidade da situação e , se necessário, lhe indicar um especialista na área.
Agumas orientações podem ajudá-lo(a):
  •  Faça exercícios físicos regulares, adequados à sua idade e condição física; aprenda técnicas de relaxamento, como sentar-se em um local tranquilo, fechar os olhos, respirar profundamente e devagar, relaxando todos os músculos do corpo, começando pelos pés e terminando na cabeça; relacione os seus afazeres diários e resolva uma coisa de cada vez, dando prioridade aos mais importantes; interrompa a sua atividade diária para relaxar por 5 minutos, conversando, escutando música ou lendo algo que não se relaciona com o trabalho. E, finalmente, não se esqueça dos seus momentos de lazer; faça uma atividade recreativa, esportiva ou lúdica que lhe dê prazer! Ioga, pilates, dança, artesanato....preze pelo seu momento de bem-estar!
  Siga à risca as orientações do seu médico, tome de forma correta as medicações indicadas, converse com outras pessoas com o mesmo problema, procure informações sobre a doença e tranquilize-se. Lembre-se que a SII não é uma doença grave e não se torna grave com o passar do tempo. É uma doença funcional do intestino e aprendendo a lidar com ela, você terá uma vida normal.

   Para controlar a SII é importante seguir sempre a prescrição e as orientações médicas.       


Leia mais sobre a Síndrome do Intestino Irritável. Acesse:

sábado, 10 de março de 2012

Previna-se do Câncer Gástrico

CÂNCER DE ESTÔMAGO PODE SER EVITADO!




Terceira causa mais frequente de mortes em homens e quinta em mulheres no Brasil, o câncer de estômago atingiu aproximadamente 21.500 pessoas em 2010, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Segundo o relatório divulgado, a incidência da doença é maior nos países em desenvolvimento e prevalece no sexo masculino. O câncer gástrico representa uma grande causa de óbitos em todo o mundo: são registrados mais de 500 mil óbitos pela doença anualmente.
Na prática clínica diária, observo entretanto um aspecto importante e reiterado: as pessoas minimizam os sintomas gástricos quando presentes, atribuindo-os a algum fator alimentar pontual, ao estresse emocional momentâneo ou simplesmente a um " estômago preguiçoso " e a uma gastrite crônica.
Tal fato, culmina sempre em uma atitute temível pelos médicos, que é a automedicação. 
A automedicação por sua vez, mascara os sintomas de uma doença grave e protela o seu tratamento efetivo.
Outra crença equivocada da população geral é a de que para se ter uma doença como úlcera ou câncer gástrico há de se ter sempre sintomas graves e importantes, como dor intensa ou sangramento digestivo. 
Isto de fato não é verdade, uma vez que estas afecções podem se apresentar de maneira silenciosa, com poucos sintomas.

QUAIS OS FATORES DE RISCO?

Dentre os fatores etiopatogênicos de importância para o surgimento das neoplasias de estômago, deve-se ressaltar os infecciosos (Helicobacter pylori), os genéticos e os ambientais.

O  Helicobacter pylori é um fator de grande importância no surgimento do Adenocarcimoma Gástrico e no linfoma de MALT ( tecido linfóide associado à mucosa ). O H. pylori promove um processo inflamatório crônico da mucosa, levando à gastrite atrófica,com consequentes focos de metaplasia, evoluindo para displasia e neoplasia.

Pessoas com história familiar de câncer gástrico ( principalmente parentes de primeiro grau ) têm um risco aumentado de desenvolver a doença. Fatores genéticos também estão ligados aos indivíduos com o  tipo sanguíneo A, que apresentam uma maior predisposição.

O tabagismo e o alcoolismo estão relacionados a um aumento importante na taxa de neoplasia gástrica.

A falta de ingestão de alguns fatores protetores, como vitaminas A e C e oligoelementos como o selênio, também favorece o aparecimento do câncer gástrico.
Dieta ricas em gordurosos, sal, defumados e conservantes também constitem fatores de risco para a doença.

Condições ambientais inadequadas, como falta de saneamento básico, limpeza urbana deficiente e má higienização dos alimentos propiciam  infecção do organismo, aumentando a incidência gastrite, úlcera, além de ser um dos principais fatores de risco para aquisição do tumor.

Antecedente de gastrectomia subtotal ( cirurgia para retirada de parte do estômago ) há mais de 15 anos também é considerado fator predisponente.

QUAIS SERIAM OS SINAIS E SINTOMAS DO CÂNCER GÁSTRICO?

O câncer gástrico tem várias formas de apresentação clínica e, em muitos casos, os sintomas surgem nas formas avançadas, corroborando para seu prognóstico adverso.
O adenocarcinoma gástrico não tem sintomas peculiares no início da doença, mas é importante o paciente ficar alerta caso tenha náuseas, vômitos, desconforto abdominal, sensação de estômago cheio e perda de peso constante, pois este quadro atinge tanto pessoas com doenças facilmente curáveis, mas também podem indicar algo mais grave.
Pacientes acima de 40 anos e do sexo masculino devem ter especial atenção para sintomas de anemia, perda de apetite acompanhada de saciedade precoce, perda de peso progressiva, náuseas e vômitos.
A hepatomegalia (aumento do fígado) e massa palpável no andar superior do abdomem podem indicar doença avançada ou metastática.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? 




O diagnóstico se faz por meio da anamnese, exame clínico-laboratorial e exames de auxíliares, sendo a ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA, sem dúvida, o padrão ouro tanto para o diagnóstico como para  a comprovação, com biópsias colhidas diretamente da lesão.


Atualmente, com a facilidade de acesso a endoscopia, sua baixa comorbidade e tolerância, NÃO  se justifica o atraso na realização do exame.

TRATAMENTO

Diversas modalidades terapêuticas são aventadas para o tratamento do câncer gástrico, sendo a cirurgia sempre o tratamento de escolha quando se pensa em cura. A radioterapia e a quimioterapia são utilizadas principalmente nos casos avançados,como tratametos paliativos.



                           PREVINA-SE DO CÂNCER GÁSTRICO:

Mudanças de hábitos reduzem em 50% a probabilidade de a doença se desenvolver.

  • Tenha uma alimentação saudável, com a ingestão diária de frutas, legumes e verduras
  • Controle seu peso
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas
  • Não fume
  • Evite a ingestão de alimentos gordurosos, com conservantes e frituras 
  • Evite o consumo excessivo de sal 
  • Alimente-se em horários regulares, evitando assim ficar muito tempo em jejum
  • Caso você tenha uma história familiar de câncer gástrico, procure um médico especialista para orientar e auxiliar você na prevenção da doença
  • Não se automedique, consulte sempre um gastroenterologista para diagnosticar e tratar adequadamente o seu  caso.